Acho que posso dizer, sem medo de parecer exibida, que fiz muitas matérias de moda legais, ao longo dos anos em que trabalhei em revista. Sim, porque o resultado final de um editorial, assim como o de um vídeo ou filme, é sempre fruto do trabalho em equipe.
Se a modelo não se sente à vontade, se o maquiador não entende a proposta, ou se o fotógrafo não está feliz com a locação, é muito difícil a coisa toda dar certo. E cabe ao editor(a) de moda equilibrar e equacionar todos esses elementos, cuidando para que haja o melhor entrosamento possível.
Mas há matérias que, por um ou outro motivo, são especiais. Ficam guardadas num lugar de honra no portfólio, na memória e no coração. A que vou mostrar aqui, Nunca houve uma mulher como Rita, é uma delas.
Ter a oportunidade de vestir e fotografar Rita Lee –uma das maiores artistas da música brasileira, uma mulher que vive e respira rock’n’roll, que eu admiro desde a adolescência, quando ouvia Mania de Você e Ovelha Negra–é uma coisa para poucos. Muito poucos.
De fato, na época em que fizemos o editorial, em 2013, a Rita estava em uma fase de recolhimento e não se deixava fotografar há bastante tempo, até mesmo para as capas dos seus discos.
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Agora que vocês já viram o resultado, vou contar um pouco do processo de criação desse editorial.
Eu estava muito influenciada pela exposição sobre David Bowie que estava em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS), e além disso, sabia pelo meu amigo e jornalista Guilherme Samora, que a Rita Lee é super fã do Bowie.
Abre parêntesis para dizer que este trabalho só rolou por causa do Guilherme Samora que além de ser um jornalista de primeira, é amigo pessoal da Rita Lee. Gui, eterna gratidão! Fecha parêntesis.
A equipe luxuosa que me ajudou nessa matéria foi:
Paulo Vainer, fotos
Dudu Bertholini, styling
Duda Molinos, beauty
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